Coming to America (1988) é um dos clássicos filmes de Eddie Murphy feitos no auge de sua carteira.
Aproveitando a onda de Cobra Kai, fazendo um retorno dos personagens 30 anos depois da saga principal, diferente deste último, Coming 2 America peca por alongar desnecessariamente uma trama perfeita do jeito que era.
Há alguns momentos engraçados, principalmente no início, mas de resto o filme em nada acresce no imaginário popular: os únicos personagens "relevantes" apresentados na trama são os filhos do Akeem, que não possuem nenhum papel além de mostrar que o casal procriou; Lavelle, o filho bastardo (ao redor do qual toda a trama gira); os parentes do Lavelle, que não servem para absolutamente nada na trama a não ser encher linguiça, e a cabeleireira da corte, a amante de Lavelle.
Apesar de detestar a maneira como o filme foi escrito, ele cumpre seu papel como vetor nostálgico para os oitentistas, porém não posso deixar de mencionar que ele é mais do mesmo, começando pela abertura repetida e indo até as cenas inúteis com o McDowell. É inacreditável pensar que as duas únicas cenas de dois minutos na barbearia do Queens são mais relevantes que o filme quase inteiro.
Sério, o que foi aquela cena do velório assistido do rei? Qual a relevância de mostrar um espetáculo de três minutos antes da morte do monarca?
Esse novo filme não chega aos pés da qualidade de roteiro, comédia e relevância que o primeiro tem.
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