Astro Boy, o primeiro anime

Nada melhor do que começar minha jornada pelo mundo dos animes pela primeira série comercialmente lançada, que é Instant History e sua continuação, Otogi Manga Calendar, de 1961, porém, como ambos estão completamente perdidos, o jeito foi começar pelo segundo, que é o famoso Astro Boy, o primeiro lançado fora do Japão e, obviamente, sob uma absoluta influência por parte dos Estados Unidos.

Como a minha intenção é apenas ver as aberturas, encerramentos e os pilotos, não vou falar muito sobre o roteiro. Enfim, a série é uma adaptação do mangá homônimo de Osamu Tezuka, o pai do mangá moderno e, consequentemente, do anime, que foi lançado no Ano Novo de 1963 e durou até o réveillon de 1966, totalizando 193 episódios.

Especificamente em Astro Boy, a produção era monocromática e tocava a mesma música de abertura nos quase duzentos episódios, uma tendência que se seguiu por muitos anos. A animação era limitadíssima, até mais do que a da Hanna-Barbera, que ao menos tinha fluidez (isso no piloto, não sei do resto), enquanto em Astro Boy, por mais que as piadas fossem boas (melhor do que a maioria das atuais), os frames eram picotados, muitas vezes sem sincronia labial, com no máximo 20 FPS. Sem contar que a história é completamente diferente da do filme, é bem mais profunda, como a questão do pai não lidar bem com o (não) crescimento do robô e ser um doido varrido, ainda que simples (e direta) em certos aspectos, como o fato de a morte do Astro ser logo nos primeiros três minutos do episódio. Mas apesar dos problemas do piloto, eu acredito que parte desses serão corrigidos na versão dos anos 80, assim como houve com o filme do Dumbo.

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